Resumen

BERISSO, Daniel. Estar-Sendo um corpo: variações sobre Kusch e Spinoza. Enfoques [online]. 2020, vol.32, n.1, pp.1-16. ISSN 1669-2721.

Este texto é uma construção reflexiva sobre o corpo, elaborada com fragmentos de autores que revelam continuidades ocultas no contexto de um considerável anacro nismo: B. Spinoza e R. Kusch. No que diz respeito ao primeiro dos autores, veri fica-se um parentesco de sua Ética segundo a ordem geométrica com a tradição do humanismo semítico, no nivelamento corpo-alma do “paralelismo” spinoziano e na unidade que E.Dussel chama de “monismo antrópico “ No entanto, percebe-se que no monismo de Spinoza, a potencia - o que um corpo pode - desloca a primazia da essência, dando lugar a um conceito lúdico do corpo. A tradição semítica, por outro lado, mantém o corpo sujeito ao domínio “do que é devido”, dada a sua sujeição à órbita do sagrado. A filosofia de Kusch em seu conceito de “Estar-Sendo” reatualiza o monismo antrópico em solo americano de uma maneira que comjuga o Estar como permanência no ritual com o Ser como deformação do jogo. Entende-se, portanto, que o popular em Kusch sintetiza o lúdico e o sagrado.

Palabras clave : Corpo; Paralelismo; Monismo; Sagrado; Lúdico.

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