SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número117Con nombre de flor Una interpelación a la narrativa Documental hegemónicaThe Heroine’s Journey of Mina in Bram Stoker’s Dracula: Blood, Sweat and Fears índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

  • No hay articulos citadosCitado por SciELO

Links relacionados

  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO

Compartir


Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Ensayos

versión On-line ISSN 1853-3523

Resumen

CECCONI, Sofía. El tango en la marea verde. Una mirada de género sobre las figuras de lo femenino en el tango actual. Cuad. Cent. Estud. Diseñ. Comun., Ensayos [online]. 2023, n.117, pp.160-185.  Epub 01-Mar-2023. ISSN 1853-3523.  http://dx.doi.org/10.18682/cdc.vi117.4281.

a letra do tango tem sido um território privilegiado para a manifestação de várias figuras de gênero. Entre as mulheres, algumas se tornaram clássicas: a milonguita, aquela que aspira a um progresso social que sai do bairro e foge para o centro em busca de uma vida melhor, sempre desaprovada pela moralidade dominante; e a mãe, uma mulher que se sacrifica, boa e perfeita aos olhos do filho, capaz do maior sacrifício pela felicidade dos outros. Ambas as figuras, a heroína materna e a contra-heroína milonguita, foram nutridas e cristalizadas em um imaginário social que concebia as mulheres com base em um esquema binário: a boa mulher era a mulhermãe, orientada para a vizinha, sempre pronta para se colocar. em segundo plano. E, por outro lado, a mulher má foi quem fugiu não apenas de seu destino de classe, mas também de seu gênero, aquele que deixou sua casa natal sozinha, sempre tentada por homens que lhe prometeram uma vida melhor. Na narrativa clássica do tango, essa mulher alegre, desafiadora das normas morais e dominantes, opõe-se pelo vértice àquele que renuncia a um destino autônomo, dois lados de uma moeda que apresenta mulheres ocupando um lugar claro naquele esquema regulatório.

Desde o surgimento e consolidação das letras de tango dessas figuras, alguns anos se passaram e uma maré de experiências que perturbaram as formas tradicionais de conceber diferenças de gênero. Nas últimas duas décadas, testemunhamos um ressurgimento do tango em suas muitas facetas: o tango dançado proliferou em milongas e espaços de reunião; A produção musical do Tango foi revitalizada com uma multiplicação de registros e propostas que ampliam suas fronteiras; e a música de tango também viu sua herança aumentar graças à contribuição de novas gerações de letristas que incorporam novos olhares e tropos. Uma dessas contribuições vem da produção de mulheres, que escrevem letras de tango adotando esses arquétipos de gênero para desconstruir e rearmálas de acordo com as novas chaves da época. Neste artigo, analisaremos como essas figuras clássicas do feminino são apresentadas nessas novas produções; o papel atribuído às mul-heres; e de maneira mais geral, a maneira pela qual as novas letras de tango se recuperam, distorcem e quebram a tradição apresentando figuras femininas. Faremos isso a partir da análise de um corpus de letras produzidas por mulheres, produções que introduzam novas vozes e imaginários no gênero musical e colorem o tango com novas cores. O tango “verde” é um tango contemporâneo que expressa e ao mesmo tempo constrói um novo imaginário, um tango no qual o diálogo com o feminismo é visto como um caminho possível.

Palabras clave : tango; gênero; figuras de gênero; letras de tango; feminismo; mulher; mãe; milonguita..

        · resumen en Español | Inglés     · texto en Español     · Español ( pdf )