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Trabajo y sociedad

versão On-line ISSN 1514-6871

Resumo

SACCHI, Emiliano. Forma empresarial, pós‐fordismo e operações extractivas no capitalismo póscolonial. Um estudo baseado no caso Benetton. Trab. soc. [online]. 2021, vol.22, n.37, pp.397-418.  Epub 01-Jul-2021. ISSN 1514-6871.

No final do século passado, a Benetton poderia ser entendida como um paradigma das transformações pós-fordistas da acumulação capitalista. Nos últimos anos, Benetton foi apontada regionalmente como um dos nomes (junto com Chevron, Monsanto, Barrik Gold, etc.) do chamado neoextrativismo. À primeira vista, parece que se trata de um dilema entre duas leituras do capitalismo e suas lógicas contemporâneas. Por um lado, o que fazem os teóricos do pós-fordismo e, por outro, aqueles que se formulam em termos de extrativismo e espoliação. Se o primeiro coloca ênfase nas formas cada vez mais sutis, mais indiretas, mais imateriais, mais "governamentais" da Forma Empresa, o segundo o faz nas formas mais diretamente despossessivas, violentas, "préhistóricas" e "soberanas" do capitalismo. Mas, para além da heterogeneidade entre uma leitura e outra, Benetton é o nome de uma empresa característica das mutações pós-fordistas e é também o nome do latifúndio que herdou a "acumulação original" do final do século XIX. Por isso, nossa proposta é tentar compreender a conjunção para além da aparente contradição, entre o momento imaterial das formas de exploração a partir da valorização das linguagens, afetos, subjetividades e o momento violento da acumulação originária. Para um diagnóstico do nosso tempo, trata-se de poder compreender o significado dessas variegações que dão conta da novidade e do original na escala global do capital.

Palavras-chave : forma empresa; pós-fordismo; acumulação original; espoliação; extração.

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