Resumo

ZANGARO, Marcela  e  SZLECHTER, Diego. Reconhecimento e trabalho: uma visão do pós-fordismo. Trab. soc. [online]. 2022, vol.23, n.39, pp.105-125.  Epub 01-Jul-2022. ISSN 1514-6871.

Neste artigo, enfocamo-nos na lógica de reconhecimento subjacente nas organizações pós-fordistas.

Nós achamos que elas, como nas fordistas, têm subjacente um uso instrumental do reconhecimento. Diante disso, nós achamos com um certo senso comum que estabelece que, nesse tipo de organização, a lógica do reconhecimento permitiria o desenvolvimento de uma subjetividade “autêntica” (Honneth, 2006) e autodeterminada. Pra desenvolver essa ideia, primeiro apresentaremos teorizações sobre a relação entre o reconhecimento e o trabalho. A seguir, descreveremos as formas que o reconhecimento assume nas organizações pós-fordistas, seus vínculos com a avaliação de quem trabalha, os valores em jogo e o tipo de subjetividade que promovem. Na seção seguinte, descreveremos a lógica de reconhecimento em organizações que seguem o modelo GAFA com base em trabalhos de campo realizados entre 2018 e 2020 nas empresas desse tipo na Argentina, de acordo com três eixos: o papel que as redes sociais atuam na dinâmica de reconhecimento dessas organizações; os valores postos em jogo como critérios para identificar um bom emprego ou um bom trabalhador; e o aspecto material e o aspecto simbólico de reconhecimento neste tipo de empresa.

Palavras-chave : reconhecimento; trabalho; pós-fordism; subjetividade.

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