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Revista Iberoamericana de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología

versão impressa ISSN 1851-0086versão On-line ISSN 1850-9959

Rev. iberoam. tecnol. educ. educ. tecnol.  no.25 La Plata jun. 2020

 

ARTÍCULOS ORIGINALES

O uso de ferramentas tecnológicas como comunidades de práticas por docentes de uma rede particular de ensino

The use of technological tools as communities of practice by teachers of a private education network

Reginéa de Souza Machado1, Letícia Fleig Dal Forno1, Iara Carnevale de Almeida1

1 Centro Universitário de Maringá, Maringá - PR, Brasil

regineapsico@gmail.com, lefleig@gmail.com, iara.carnevale.almeida@gmail.com                

Recibido: 02/08/2019 | Aceptado: 29/03/2020

Cita sugerida: R. de Souza Machado, L. Fleig Dal Forno, I. Carnevale de Almeida, “O uso de ferramentas tecnológicas como comunidades de práticas por docentes de uma rede particular de ensino,” Revista Iberoamericana de Tecnología en Educación y Educación en Tecnología, no. 25, pp. 21-30, 2020. doi: 10.24215/18509959.25.e02

 

Resumo

As escolas têm utilizado da internet em larga escala enquanto uma forma de propagar a comunicação entre os docentes e os responsáveis pelos educandos, especialmente de escolas particulares. Essa interatividade entre o docente da Educação Infantil com os responsáveis utilizando a rede social, em especial o aplicativo Whatsapp, pode ser otimizada pela Gestão do Conhecimento (GC). O objetivo deste estudo foi o de investigar se os docentes da Educação Infantil de uma rede de ensino privada utilizam as redes sociais enquanto recurso de comunicação entre docente e responsáveis, como uma proposta de Comunidade de Prática. A pesquisa caracteriza-se como aplicada, de cunho exploratório, com abordagem qualitativa e quantitativa. A pesquisa foi realizada numa rede de escolas particulares no Sul do Brasil, caracterizando como procedimento de estudo de caso, pois ocorreu a inserção do pesquisador para monitoramento em grupos de WhatsApp das escolas, bem como a aplicação de um questionário online. Os dados obtidos foram analisados por meio do IRAMUTEQ; e do sistema de análise estatística do Google Forms. Os resultados indicaram que os docentes interagem nas redes sociais, no contato com os responsáveis, com potencial relação como uma proposta de Comunidades de Prática no contexto educacional.

Palavras chave: Docente da educação infantil; Gestão do conhecimento; Comunidade de prática; WhatsApp; Redes sociais.

Abstract

Schools have been using the internet on a large scale as a means of spreading communication between teachers and learners, especially from private schools. This interactivity between the preschool teacher and those responsible for using the social network, especially the Whatsapp application, can be optimized by Knowledge Management (KM). The aim of this study was to investigate if the preschool teachers of a private education network use social networks as a communication resource between teacher and guardians, as a proposal of Community of Practice. The research is characterized as applied, exploratory, with a qualitative and quantitative approach. The research was carried out in a network of private schools in southern Brazil, characterizing as a case study procedure, as the researcher was inserted for monitoring in schools' WhatsApp groups, as well as the application of an online questionnaire. The data obtained were analyzed through IRAMUTEQ; and the Google Forms statistical analysis system. The results indicated that teachers interact in social networks, in contact with those responsible, with potential relationship as a proposal of Communities of Practice in the educational context.

Keywords: Teacher of early childhood education; Knowledge management; Community of practice; WhatsApp; Social networks.

 

1. Introdução

As mais diversas atividades do cotidiano são realizadas por meio ou com a utilização de tecnologias. São as chamadas Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC) que estão presentes na caracterização do mundo contemporâneo. Essa rede digital que envolve as pessoas, reúne boa parte da vida social contemporânea criando novas formas de significar as situações ao nosso redor. O que antes dependia de presença física, está sendo reconfigurado para ações virtuais, com moedas e negociações virtuais [1], [2].

No ambiente escolar essa realidade não é diferente. A escola encontra-se num momento sui generis, pois precisa reordenar os processos educativos às tecnologias, trabalhando de modo interativo com a informação e o conhecimento [3], [4]. Para o docente inserido na pós-modernidade [5], a troca de informações torna-se essencial à construção de sua prática pedagógica para a sala de aula. Isso ocorre com seus pares, em reuniões ou conversas de troca de experiências, ou ainda, com profissionais das áreas em que há necessidade de contato para a realização de suas atividades, como psicopedagogos, médicos, entre outros, dificultando o processo de gerência [6].

São as pessoas que podem transformar a informação em conhecimento, elas são o foco da Gestão do Conhecimento (GC) como estratégia para o desenvolvimento das organizações, possuindo técnicas e ferramentas capazes de ampliar e otimizar a forma como essas comunidades de diálogo atuam [7], [8].

Assim, o ambiente escolar se reconfigura, pois as necessidades da vida moderna, e principalmente a ausência de tempo dos responsáveis, tornam o papel da comunicação fundamental. Uma das áreas que acaba por solicitar maior atenção por parte dos responsáveis é a Educação Infantil.

O envolvimento dos responsáveis na educação da criança é fundamental ao sucesso escolar especialmente por lidarem com uma idade que demanda grande cuidado. A educação das crianças prescinde de um atendimento diferenciado, aliado à urgência de contato em situações que somente os responsáveis podem lidar. Desdobram-se novas possibilidades de uso de alguns recursos tecnológicos, especialmente atraentes a criação de uma comunidade entre o docente e os responsáveis para a comunicação, desde situações pedagógicas, até o compartilhamento de ações do educando.

O ambiente virtual é convidativo, o que os impele a criar grupos de comunicação, via rede social, para a construção de comunidades de interação na troca de informações [9], [10]. Um dos recursos, que está sendo amplamente utilizado no que concerne à comunicação em contexto educacional e que demonstra as importantes mudanças sociais na atualidade, é o aplicativo WhatsApp. Essa ferramenta configura-se como uma das mais significativas formas de contato virtual, e por isso, costuma exigir uma nova postura ao lidar com as informações.

Esses grupos que se formam com a intenção de promover a interação, troca de experiências e o compartilhamento de informações podem ser compreendidos e assimilados como Comunidades de Práticas (CoPs) [11] dentro da GC. Estas situações projetam inquietações, dúvidas e desencadeiam o desejo de conhecer e compreender como ocorre essa comunicação, pois o que antes demandava tempo e encontros físicos para troca de diagnósticos, ocorre agora online, integrando as mais diversas áreas, algo que precisa de maiores estudos, pois mesmo entre profissionais não é fácil compartilhar [12].

Esta interação mediada pelo docente pretende repercutir positivamente nas famílias envolvidas apresentando ações/resultados/informações relativos à sala de aula, o que lhe dá visibilidade e permite interagir mais rapidamente com as considerações dos responsáveis.

2. A Gestão do Conhecimento e a educação

O meio educacional sempre foi objeto de análise profunda quanto à forma, estrutura e demanda para a sociedade brasileira. Esse mesmo sistema educacional é um ambiente dinâmico e, muitas vezes, carente de experiências e discussões mais abrangentes, para que haja a ampliação dos níveis educacionais no Brasil [13]. A escola atualiza-se na forma como gerencia a informação e administra a comunicação, seja com os responsáveis, seja com o corpo docente. Isso ocorre especialmente pela introdução das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (NTIC) em seu ambiente.

Essas relações vão se transformando, especialmente as que as envolvem: o humano, o conhecimento e a tecnologia. Essas ações atuam diretamente no meio escolar, e muito contribuem para que haja um movimento dialético em sua estrutura e em suas relações, procurando otimizar o ensino e a aprendizagem, fazendo a escola ser compreendida como um ambiente organizacional. Usando as técnicas de GC [14] na busca, armazenamento, classificação e construção da informação partindo do indivíduo, seja ele docente ou discente, gestor ou membro do corpo administrativo, responsável ou profissionais diversos que atendem a educação, encontrar-se-á elementos que otimizem essa relação [15], [16]. Essa ação tem como base o conhecimento explícito que é produzido na construção do conhecimento tácito, gerando um conhecimento aprimorado, que, armazenado, gerenciado e disseminado, poderá maximizar os recursos (humanos e materiais) com o mínimo de custo [7], [15], gerando a otimização necessária aos processos educacionais.

2.1. As Comunidades de Prática

Há uma participação maior dos responsáveis nas ações desenvolvidas no cotidiano escolar, mesmo que de maneira virtual, agregando profissionais que atendem os discentes, bem como psicopedagogos, psicólogos, entre outros, ampliando a forma como o modelo educacional age e promove suas atividades de um modelo presencial, para um virtual [17], [18]. Assim, o conhecimento é o bem mais valioso à organização escolar; pois não se esgota, pode ser compartilhado, transformado e aplicado em demandas específicas ou gerais, que visem ampliar e agregar vantagem às relações pessoais [7].

Em GC, dentre suas muitas formas de contribuições, temos as Comunidades de Práticas (CoPs), termo idealizado por Etienne Wenger [19] para seus estudos administrativos, considerando o ambiente de aprendizagem e troca de informações sem uma limitação específica de espaço, e com uma abordagem de encontro e promoção de aquisição de conhecimento.

As CoPs são caracterizadas como grupos de indivíduos que se reúnem por terem interesses comuns no aprendizado e aplicação das demandas que são no grupo depuradas. Cada indivíduo colabora com suas expertises e na discussão dos elementos comuns, busca a solução da demanda [20], [21]. Esse aprendizado coletivo, compartilhado na comunidade ocorre por existir uma demanda de interesse que reúne os membros da CoP bem como, todos os profissionais e interessados que podem contribuir no ambiente, trocando informações que depuradas, geram o conhecimento necessário a resolução da demanda e sua aplicação.

Esses grupos de discussão foram ampliados, nas unidades escolares especialmente com o uso de tecnologia, com o avanço das redes sociais, na popularização do uso do aplicativo WhatsApp, em que as discussões e reuniões se ampliaram do ambiente físico para o ambiente virtual, onde a escola e os responsáveis podem dialogar sobre as demandas educacionais do discente. Assim, podemos considerar que as atividades em grupos de discussão de demandas, agora encontra no ambiente virtual mais uma forma de CoP.

Os docentes da Educação Infantil acabam, portanto, por ampliar o contato com os responsáveis por lidarem com uma fase da vida do ser humano, onde tudo fica registrado e visível para os responsáveis. Nesse ínterim, produzem conteúdo que disseminam na CoP, e colhem feedback dessas atividades. Esta interação produzida pelo docente pretende repercutir positivamente nas famílias envolvidas apresentando ações/resultados/informações relativos à sala de aula, o que lhe dá visibilidade e permite interagir mais rapidamente com as considerações dos responsáveis. Nesse ambiente um dos requisitos essenciais à prática é a interatividade, visto os responsáveis terem se aproximado do ambiente escolar de maneira digital e não presencial.

2.2. O WhatsApp como ferramenta de contato

As redes sociais são usadas em larga escala no contato entre as pessoas e acaba por reunir todas as benesses simplificando os diálogos, unindo diferentes pessoas e diminuindo distâncias, entre outros elementos. O aplicativo WhatsApp foi escolhido como temática deste estudo por ser possível identificar as características de praticidade, facilidade, acessibilidade e gratuidade, requisitos essenciais quanto à disseminação e uso [22]. Esses grupos foram se instituindo também no ambiente escolar, determinando uso e práticas que foram se tornando uma realidade no contato docentes - responsáveis, especialmente na Educação Infantil, local de grande trânsito de informações.

Essa prática é ampliada nas escolas particulares que veem nesse contato, uma forma de marketing positiva [23], [18]. Esses grupos foram criados para a comunicação entre o docente e os responsáveis sobre o cotidiano do aluno, para os recados de sala de aula, trocas de material e expertises entre os envolvidos. Nesse contexto, os assuntos relativos à escola e à ação de cada educando, misturam-se as muitas situações pessoais, expondo, em algum grau, aspectos positivos e negativos dos acontecimentos de sala de aula [9].

Essa ação do docente em lidar com o aplicativo WhatsApp acaba por modificar sua prática, exigindo uma nova postura em seus relacionamentos nesses ambientes [24], [25]. Este docente precisa definir, por meio desta perspectiva, suas funções, como fica enquanto profissional num momento em que as famílias estão exigindo uma maior participação nas atividades e na vida cotidiana de seus filhos. Uma nova forma de “reunião” ocorre, onde os responsáveis conseguem interagir com o docente, interferindo no processo, inclusive opinando sobre suas práticas.

Essas questões são presentes às mudanças advindas do uso constante, por exemplo, das redes sociais, pois o contato com os responsáveis a respeito da vida dos alunos ultrapassa o ambiente acadêmico, passando das notas ao comportamento, das situações cognitivas à disseminação e troca de materiais e assim, aumentando o grau de envolvimento do docente com a família [26], [2], [27], [28].

3. Metodologia

No presente estudo a metodologia de investigação usada é de natureza aplicada e exploratória [29], submetida à Comitê de Ética, via plataforma Brasil, tendo sido aprovada sob parecer 2.738.880 (CAAE: 88358818.7.0000.5539) de 26 de junho de 2018. Quanto aos procedimentos, é uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa e quantitativa e idealizada para perceber a possibilidade de estar ocorrendo uma CoP em seu interior.

A presente busca ocorreu no período de junho a outubro de 2018, onde todos os docentes assinaram o TCLE. As análises das situações encontradas foram selecionadas por estudo de caso, com uma rede de escolas particulares compreendida nesse estudo. Essa rede possui unidades da educação Básica por todo o território nacional. Optou-se por analisar as escolas da região Sul do Brasil, possuindo 74 unidades e todas com Educação Infantil (Tabela 1).

Tabela 1. Unidades formadoras dos grupos de pesquisa

Fonte: Elaboração própria, 2019.

A análise dos dados ocorreu de duas formas:

1. Monitoramento e análise das conversas no WhatsApp, de 5 grupos entre docente e responsáveis. O software escolhido para análise dos dados na inserção no grupo foi o IRAMUTEQ, desenvolvido no formato open source (código aberto), com gratuidade e liberdade de uso e google Forms para o questionário online.

2. Perguntas fechadas em questionário online, depurado pelo Google Forms, com 26 docentes. As respostas ao questionário são armazenadas em planilhas (Google Sheets) e são quantificadas e agrupadas estatisticamente, podendo ser visualizadas na forma de gráficos ou planilhas compartilháveis, onde os "levantamentos de opiniões podem ser facilmente implementados no Google Forms" [30].

4. Análise e discussão dos resultados

O processo de análise dos elementos que constituem esta pesquisa foi elaborado segundo os pressupostos teóricos desenvolvidos na metodologia e concernentes ao tratamento e análise dos dados obtidos por meio de uma pesquisa quantitativa.

4.1. O monitoramento dos grupos de WhatsApp (IRAMUTEQ)

O IRAMUTEQ é um software Open Source, de código aberto e por isso, gratuito, ancorado no software R e na linguagem Python, originalmente em Francês, e hoje, já distribuído em vários idiomas [31]. Foram analisados os históricos de conversas de cinco grupos distintos que constituem o grupo de estudo.

Para a análise foi constituído um grupo: Nesta categoria pretende-se observar o momento em que a interação ocorreu. A demonstração dessas interações é feita pela nuvem de palavras. Essa forma de apresentação gráfica, organiza e agrupa as palavras-chave presentes no corpus, numa figura lexical simples, construída pelo resultado numérico da quantidade de ocorrências no texto. Nesse sentido, para compreender no grupo temático as conversas após a depuração pelo software, temos a nuvem de palavras (Figura 1) que demonstra a frequência dos períodos em que a intervenção ocorre. Entretanto, não representa o tempo utilizado no diálogo, em cada interação. De modo geral, a quantidade de palavras demonstra a quantidade de interações e de ações do docente em trabalhar as demandas. A quantidade de responsáveis interagindo atingiu a marca de vinte e sete indivíduos no espaço de uma hora. Um número significativo para atendimentos e intervenções por parte do docente.


Figura 1. Nuvem de palavras para o momento de intera ção
Fonte: Software IRAMUTEQ

Na imagem, é possível notar que a palavra semana foi a mais citada pois mostra-se com destaque na imagem por tamanho e dimensão em relação às demais palavras, explicitando o maior número de interações entre os membros da comunidade por meio da utilização do termo. Os períodos representados pelas palavras manhã, noite e tarde, foram os mais significativos momentos da semana, seguidos pelas palavras professor e agente das interlocuções. Esses dados colaboram com as respostas dos questionários que mostram que os momentos de interação dos docentes não são restritos a seu horário de trabalho, perfazendo todo o dia em toda a semana. A figura 4 mostra inclusive, que as intervenções ocorrem nos fins de semana.

Para analisar as temáticas discutidas nas conversas dos grupos, utilizou-se o processo Classificação Hierárquica Descendente (CHD) listando a frequência de palavras que mais ocorrem no corpo textual, relacionando-as com a posição em que aparecem. Essa ação permite que o software estabeleça um indicador de frequência estatística, dividindo o texto em quantas classes sejam possíveis, dependendo do número de associações resultantes dos cálculos lexicais, apresentado na forma de um dendograma.

Como os elementos estão disponíveis em uma conversação de forma diferenciada de um questionário, por exemplo; o software ofereceu uma depuração que auxiliou a análise, formando classes de agrupamento dos envolvidos nesse diálogo, levando em conta o CHD dos elementos lexicais, inseridos no contexto segmentado do corpus. Essa ação apresentou 4 classes, que ao serem observadas, possibilitou a inferência: 1. Conversas relativas às relações com aluno – responsáveis, intermediadas pelos docentes, compreendendo uma esfera afetiva e relacional; 2. Conversas entre os responsáveis e suas questões com o cotidiano escolar; 3. Conversas entre o docente e os responsáveis com relação às práticas pedagógicas mais amplas; 4. Troca de informações e colaborações com assuntos relacionados a profissões, compromissos, responsabilidades, e outros, entre docente e responsáveis. O corpus elaborado do conjunto das conversas realizadas entre os integrantes dos grupos, ao ser depurado pelo software, relacionou os elementos que possibilitou a compreensão do contexto envolvido nas conversas (Figura 2). 


Figura 2. Dendograma da CHD do corpus de interações
Fonte: Software IRAMUTEQ

Há um empenho considerável nas relações do docente com os responsáveis relativos às atividades em sala de aula (classe 2: 34,8%) e assuntos que representam relações de afetividade (classe 1: 25%). Essas ações consomem 59,8% das mensagens depuradas pelo software. A caracterização das classes permitiu perceber que o docente envia comunicados sobre as atividades em sala de aula; responde as dúvidas; envia recados sobre os afazeres dos alunos, resolvendo situações que envolvem o relacional familiar - escolar.

Na esteira dessas relações, o docente efetua esclarecimentos sobre as atividades pedagógicas, sobre as profissões dos responsáveis e suas colaborações com a classe e com o desenvolvimento do aluno (classe 3: 22,8%), bem como, solicita o acompanhamento dos responsáveis com respeito às tarefas e situações de aprendizagem (classe 4: 17,4%), compreendendo os comentários, e atuando com cada responsável individualmente, na medida que responde cada uma das interações, oferecimentos e solicitações (classe 1).

4.2. A depuração do questionário (Google Forms)

Nesta etapa fez-se a análise estatística do questionário online [32], onde se voluntariaram, com TCLE assinado, 26 docentes de 6 unidades escolares.  O uso da internet, especialmente no contato docente - responsáveis é considerado como essencial à condução dos trabalhos pedagógicos e do acompanhamento do rendimento e das ações dos educandos [33], [4]. A interação ocorre num ambiente altamente jovem, de grande apreensão por obter uma prática que aproxime o responsável da escola e o coloque como partícipe do processo em que o educando interage. Esse imediatismo na apresentação do evento, induzindo-o em alguma medida, a estar conferindo online os acontecimentos na tela do smartphone.

O docente aguarda o contato físico, por entender ser uma forma mais efetiva de diálogo (Figura 3), bem como as reuniões de pais e mestres e as reuniões individuais, que dependem de agendamento e horários cada vez mais flexíveis. Mas é o WhatsApp um elemento de ligação com significativo uso pelos docentes [9], [10].


Figura 3. Formas de contato com os responsáveis
Fonte: Google Forms

Pode-se reconhecer que as reuniões presenciais ocorrem em momentos específicos do bimestre em relação ao calendário escolar, geralmente ligadas ao rendimento escolar e com uma percentagem similar ao uso das redes sociais [34], [35]. Essa ação híbrida, presencial e virtual, tem na parte virtual, na Comunidade de Prática estabelecida na rede social seu ápice, pois é essa a forma de contato mais utilizada, pois ocorre no dia a dia das atividades pedagógicas.

Segundo os docentes, esse conjunto de interações na resolução das situações ocorre principalmente no intervalo e fora do horário de trabalho (Figura 4). Essa situação acaba por consumir uma carga de tempo e atividade intelectual, fora do horário de trabalho, forçando o docente a não desplugar das ações de sala de aula.

 


Figura 4. Horário de atendimento às demandas do grupo
Fonte: Google Forms

Assim, a questão que solicita informações sobre como o docente gerencia seu tempo é fundamental a essa discussão pois busca arregimentar os elementos que nos permitem compreender como age na gestão do tempo e da forma no trato com as atividades e demandas do grupo [18], [36], [37]. No que diz respeito à forma como conceitua sua gerência das atividades do grupo, cerca de 82,6% dos docentes, dizem fazê-lo de maneira satisfatória. Quando solicitados a responderem o tempo de interação para isso, a maioria 60,9% (Figura 5) afirma ter gasto entre 5 e 10 minutos para isso.


Figura 5. Tempo de interação no grupo
Fonte: Google Forms

Levando em consideração essas características, o docente deixa transparecer que usa em média 8 minutos para os atendimentos individuais, o que deve acarretar uma média considerável de atendimentos por demanda em sala de aula, em uma média de 38 alunos por sala, pode produzir inúmeras interações que o docente precisa resolver ou mesmo mencionar sua opinião para sua resolução ou ainda amenizar as mais variadas situações em sala de aula.

O docente precisa ler, depurar e produzir uma resposta coerente e concisa ao responsável, de forma que a demanda seja satisfeita dentro do tempo mencionado. Essa ação, multiplicada pelo número de atendimentos é considerável e digna de maiores estudos na área [38], [18], [36], [39], [37].

Quando questionados sobre as atividades no grupo (Figura 6), esse tempo deve ser compreendido como maior, pois o uso de mensagens, áudios, vídeos e imagens demandam mais tempo para serem "lidos", interpretados e devolvidos.


Figura 6. Uso da ferramenta
Fonte: Google Forms

Essas ações, demandam tempo para serem produzidas, o que aumenta consideravelmente o grau de exposição na internet, no grupo da sala e ainda, outro tempo para prepará-los, pois todos os docentes informaram que registram os eventos pedagógicos em sala de aula, tanto os de menor como os de maior gama de preparo.

Ampliando essa análise, quando questionados quanto ao momento em que esse registro ocorre, seus preparativos, etc. (Figura 7), cerca de 60% dos docentes disse ser espontâneo. A espontaneidade não parece ser o caminho seguido, pois há uma preocupação com que o será exposto aos responsáveis. Mais uma vez, cerca de 36% dos docentes parece ter sido coerente com o questionamento, pois entendem que o preparo da imagem auxilia na recepção pelo grupo do que se está tentando mostrar pedagogicamente.


Figura 7. Construção dos registros
Fonte: Google Forms

Nesse ínterim é preciso analisar toda a construção que é requerida ao envio da mensagem com situações que envolvam o educando, seja através de mensagens, fotos, vídeos, sons; pois prescindem de uma explicação a respeito do que ocorre no evento. Não basta apenas lançar a imagem, por exemplo, pois essa imagem precisa ser explicada em linguagem que todos os membros, letrados ou não, possam compreendê-la [40], [41], [2], [42].

Como analisado nos itens anteriores, há uma carga de trabalho a ser discutida e, em muitos aspectos do fazer profissional, uma carga emocional nas ações do grupo [18], [36], [39], [37]. Os docentes promovem a construção e manutenção das redes sociais de interação, pois essa é ação cotidiana, fruto da cibercultura e vigente nas práticas [40], [41], [42].

Assim, essas questões podem ser exploradas na medida em que o tempo precisa ser conciliado para a manutenção dos diálogos no grupo de sala de aula. Uma questão foi elaborada para verificar como os docentes entendem esse processo (Figura 8), onde indicaram conseguir separar bem os aspectos funcionais de administração do grupo (47,8%), além das atividades profissionais em sala de aula. Esse dado se torna relevante para o docente, pois é preciso levar em consideração, ainda, sua vida social [18], [36], [39], [37].


Figura 8. Administração do tempo
Fonte: Google Forms

De modo geral a admissão de que as vezes isso se torna um fator complexo é melhor aceita pois, conforme se verifica nas respostas, é dedicado muito tempo na administração do grupo e na elaboração das respostas a serem fornecidas. É importante analisar que os docentes precisam de preparo e de técnicas para compreender a extensão de sua ação pedagógica, pois há uma dualidade no que entendem na publicização quando questionados sobre a contribuição na comunidade, da divulgação de fotos, vídeos, nos grupos de sala de aula, na relação estudante - atividades diversas - sala de aula - publicização [43], [41], [2].

Essa ação mostra que a gerência do tempo para o contato, não está ocorrendo, e ainda, que está havendo um monitoramento do aparelho, no aguardo de uma mensagem que deverá ser julgada, se imediata ou não. Outro fator a ser analisado é o tempo destinado ao conjunto das ações no grupo, especialmente quando ocorrem essas intervenções. Os dias e horários foram analisados (Gráfico 1), gerando dados para corroborar as análises descritas.


Gráfico 1. Intervenções semanais
Fonte: Google Forms

As ações docentes na gerência do grupo de sala, conforme a tabela 1 das respostas dos docentes, mostram que há interação constante, inclusive nos fins de semana. A média de horas conectado, extrapola o período de sala de aula e o período de trabalho do docente. O gráfico construído com as interações mostra um volume de conversas no período noturno, aproximadamente, com a mesma intensidade do diurno, bem como volumes expressivos nos fins de semana.

Na medida que o trabalho pedagógico tem seu curso, o docente passa informações gerais, sobre processos educacionais, e ainda, sobre atividades de profissionais ligadas à educação, disponíveis ao auxílio de demandas específicas, como uma resposta aos responsáveis.

Conclusões

Os relacionamentos se tornaram mais próximos digitalmente, na mesma medida que distantes geograficamente. As redes sociais são usadas para situações familiares e empresariais com grande desenvoltura, caracterizando uma nova forma comunicacional, constituindo uma cultura distinta, uma cibercultura, onde o tempo e o espaço são relativos e, em muitos casos, irrelevantes. A cibercultura se difunde e amplia-se nas relações das pessoas em seu cotidiano, neologizando a língua falada, como mandar um zap, teclar, chats, entre outros termos que, designam novas funções. Essa nova forma de comunicar-se, é só a ponta de uma série de mudanças na forma como nos relacionamos com a cibercultura, desde maneirismos linguísticos até a busca por entretenimento, serviços e emoções, caracterizando uma sociedade da informação.

Nesse ínterim está a escola e o docente, que educam no turbilhão criado pelos processos físicos de sala de aula, na mesma proporção que precisam educar e interagir, atualizando-se com o mundo digital. Sabedores de que o processo educacional não ocorre sozinho, os docentes convidam os responsáveis a participar da vida da sala de aula, online. Mas isso não é tão simples. A presente pesquisa é apenas uma fração do universo que se desnuda, na busca pela compreensão das alterações no cotidiano do docente, e mesmo, de atividades que sejam eficientes para a unidade escolar.

A pesquisa possui limitações, seja pelo número de docentes participantes, pois ainda há um receio ao pesquisar-se sobre a prática do docente, um medo de se expor e por isso, ser julgado, até o contato e compreensão das atividades dentro dos grupos, onde as interações são profundas e complexas. A intenção primária foi a de fornecer elementos à melhora do sistema de atendimento e otimização das relações docentes no presente momento comunicacional, de grande uso das redes no contato docente - responsáveis. Para essa situação, utilizar a Gestão do Conhecimento (GC), em suas múltiplas formas, como no caso das Comunidades de Práticas (CoPs), é essencial a um atendimento de qualidade a alguém com tempo cada vez mais escasso.

Nessa situação estão os responsáveis pelos educandos, optando por contatos virtuais, via redes sociais, para a resolução de problemas e demandas típicas da sala de aula. O docente também está inserido nessas revoluções, pois utiliza as redes sociais para diversos contatos, seja com a família, seja adquirindo produtos ou serviços. Nessa esteira está o aplicativo WhatsApp, ferramenta das redes sociais para o contato indivíduo - indivíduo, mas que tem sido aproveitada como ferramenta para agregar grupos de discussão. É notório o uso do WhatsApp na escola, nos grupos de sala ou ainda grupo dos pais.

Esta pesquisa procurou analisar esses grupos de discussão numa área sensível à presença dos responsáveis: a Educação Infantil. Os educandos, por sua idade, acabam por demandar um cuidado maior na mesma medida que, muitas das ações em sala de aula dependem de contato direto e imediato dos responsáveis. São situações fisiológicas, de vestimenta, de comportamento, entre outras, que acabam por tornar o grupo do WhatsApp atraente para a resolução de problemas de maneira imediata. Os grupos sociais são utilizados de forma a reunir os responsáveis e torná-los partícipes da formação do educando. Uma forma de fazer com que estes compareçam à sala de aula, mesmo que virtual. Essas comunidades foram idealizadas com esse propósito e com o tempo, tornaram-se bem mais que isso. As atividades no grupo ampliaram-se a ponto de reunir profissionais das mais diversas áreas, permitindo ao responsável, não só solicitar um ensino eficiente a seu filho, mas colaborando com as ações e demandas de sala de aula, opinando e auxiliando o docente em suas atividades.

Esse estudo possibilitou compreender que a ferramenta WhatsApp não complementa ou substitui a presença dos responsáveis no ambiente escolar. Essa ferramenta auxilia o docente nas atividades comunicativas e recebe informações online, pertinentes as demandas e as atividades de sala de aula, trazendo grandes benefícios a prática pedagógica. Mas não substitui o contato físico necessário a organização das ações docentes, bem como a transparência devida aos processos educacionais, esses mais amplos e dinâmicos da vida escolar.

Os grupos construídos pelos docentes no contato com os responsáveis podem ser estruturados para se tornarem uma Comunidade de Prática (CoP) estudada pela área conhecida como Gestão do Conhecimento nas organizações. Os docentes não têm ciência de que os métodos em GC podem ser aplicados às comunidades de sala de aula, transformando-as em CoPs, e com isso, tornando-as mais dinâmicas e eficientes, pois podem ampliar o poder de coleta, de produção e disseminação de informações.

O docente por sua vez, se acha isolado e muitas vezes, gerencia sozinho as atividades no grupo, isso obriga-o a estar conectado mais tempo que o necessário, ampliando sua jornada de trabalho e as ansiedades de sua produção, reconfigurando a prática pedagógica. Algo que deve ser compartilhado pela administração da unidade escolar. O possível uso exagerado da internet vem acompanhado da particularidade de ser alcunhado de profissional, ou seja, confunde-se como parte ativa do ser docente e inerente à prática que leva a eficiência. Com essa mentalidade o docente acaba por se envolver em situações que podem levá-lo a fatores mais complexos, como dificuldades e angústias que prescindem de maior estudo.

A administração escolar precisa compreender que a GC possui pesquisa na área a disposição. É preciso partilhar, formar parcerias com as Universidades que promovem a GC para aplicar seus estudos às demandas educacionais. Na medida que as propostas da GC, levando em conta as CoPs, possam chegar ao docente, via parcerias; a administração escolar poderá participar dos grupos num modelo de administração conjunta, que poderá associar profissionais especializados às demandas educacionais, na mesma medida em que dados podem ser recolhidos e melhorar e ampliar os serviços oferecidos.

Assim, é proposta desse trabalho que surge uma nova área de ação pedagógica no ambiente escolar, a de um coordenador de mídia educacional, um gestor das redes sociais, capaz de filtrar os elementos que podem ampliar as ações do ambiente escolar, ampliando a fidelização e o oferecimento de serviços a comunidade escolar. Esse serviço precisa ser compreendido como necessário a diminuir a sobrecarga do docente, pois permite uma gerência com base nos pressupostos da GC, levando em conta as diretrizes das CoPs. Esse futuro profissional, poderia listar, organizar e coletar sugestões, na medida em que pode organizar as atividades entre os atores da administração escolar (Direção, Coordenação e Orientação), pois poderá reunir as informações e comunicá-las aos gestores, na medida em que coordena sugestões as suas atividades.

Referências

[1] E. Oliveira, A. Marin, A. Pires, F. B. Frizzo, G. B. Ravanello, and C. Rossato, “Estilos parentais autoritário e democrático-recíproco intergeracionais, conflito conjugal e comportamento de externalização e internalização,” Psicologia: Reflexão e Crítica, vol.15, no.1, p. 1, 2002.

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Información de Contacto de los Autores:

Reginéa de Souza Machado
Mestre em Gestão do Conhecimento nas Organizações
UNICESUMAR- Centro Universitário de Maringá/PR
Brasil
regineapsico@gmail.com

Letícia Fleig Dal Forno
UniCesumar- Paraná
Brasil
leticia.forno@unicesumar.edu.br

Iara Carnevale de Almeida
UniCesumar- Paraná
Brasil
iara.almeida@unicesumar.edu.br

Reginéa de Souza Machado
Pedagoga pela Anhanguera/Uniderp-MS; Psicopedagoga Clínica e Institucional pela FACEL-PR; Mestre em Gestão do Conhecimento nas Organizações - UNICESUMAR-PR.

Letícia Fleig Dal Forno
Professora Doutora em Educação, Docente no Programa de Pós Graduação em gestão do Conhecimento nas Organizações- UNICESUMAR. Bolsista do Programa Produtividade em Pesquisa ICETI.

Iara Carnevale de Almeida
Professora Doutora em Ciência da Computação, Docente no Programa de Pós Graduação em gestão do Conhecimento nas Organizações- UNICESUMAR. Bolsista do Programa Produtividade em Pesquisa ICETI.

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