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Insuficiencia cardíaca

versão On-line ISSN 1852-3862

Resumo

PEREL¹, Cecilia  e  BEVACQUA², Raúl J. Deficiência de ferro e insuficiência cardíaca. Insuf. card. [online]. 2016, vol.11, n.2, pp.78-97. ISSN 1852-3862.

O ferro é um micronutriente essencial para energia celular e metabolismo, necessário para a manutenção da homeostase do organismo. A deficiência de ferro (DH) é uma comorbidade importante em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Não é apenas um fator importante na patogênese da anemia, também provoca consequências clínicas graves e de prognóstico reservado em pacientes com IC. A DH afeta mais de 50% dos pacientes com IC, ela é particularmente comum em idosos e pacientes com determinadas doenças crônicas. A prevalência de deficiência de ferro é maior nos estágios mais avançados da IC, nas mulheres, em pacientes com níveis elevados de marcadores inflamatórios (Ex: proteína C reativa), bem como o aumento de NT-proBNP. Mas mesmo em pacientes de baixo risco tais como CF I-II (NYHA) a prevalência permanece acima de 30%. A DH está associada a uma qualidade de vida pobre, diminuição da tolerância ao exercício e maior taxa de mortalidade, independente dos efeitos hematopoiéticos. Diretrizes internacionais recomendam a detecção precoce da DH em pacientes com IC suspeita. Os dados indicam que a DH tem efeitos nocivos em pacientes com doença arterial coronariana, IC e hipertensão pulmonar, bem como em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. A absorção intestinal de ferro, administrado por via oral é pobre e até 60% dos doentes experimentam efeitos secundários gastrointestinais. Estes problemas podem ser agravados no IC devido à diminuição da absorção gastrointestinal e adesão pobre dos pacientes, porque eles recebem polifarmácia. A evidência clínica de os benefícios de ferro oral é insuficiente. A administração de ferro intravenoso (IV) tem demonstrado melhorar a capacidade de exercício, a função cardíaca, a severidade dos sintomas e qualidade de vida. As evidências sugerem que estas melhorias produzam independentemente da presença de anemia. Resultados similares foram observados em pacientes com IC sistólica e fração de ejeção diminuída nos estudos FAIR-HF e CONFIRM-HF (double-blind, placebo-controlado). A terapia com ferro IV pode ser melhor tolerada do que o ferro oral, mas a confirmação é esperada em ensaios clínicos maiores. O diagnóstico de rotina e o tratamento de DH em pacientes com IC sintomática, independentemente do estado de anemia, são necessários, tornando-se um objetivo terapêutico importante, tendo presente que o excesso de ferro pode ser prejudicial na doença cardiovascular. Esta atualização irá rever o metabolismo do ferro no contexto de anemia e IC; bem como a importância do diagnóstico precoce e tratamento de DH com ferro IV em pacientes com IC.

Palavras-chave : Deficiência de ferro; Ferro; Insuficiência cardíaca; Anemia; Terapia de ferro; Oral; Intravenosa; Hepcidina; Qualidade de vida.

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