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Cuadernos del Centro de Estudios en Diseño y Comunicación. Ensayos

versão On-line ISSN 1853-3523

Resumo

KAPILA, Gitanjali. Stuck in a Labyrinth (or a Tower) with the Minotaur and trying to get out: Princess Aurora and Imperator Furiosa as the heroes of the Multimyth. Cuad. Cent. Estud. Diseñ. Comun., Ensayos [online]. 2021, n.91, pp.219-234.  Epub 10-Ago-2021. ISSN 1853-3523.  http://dx.doi.org/10.18682/cdc.vi91.3842.

Em O Herói com Mil Rostos, Joseph Campbell começa sua tese de Monomito com um relato da história do Minotauro. Sua finalidade é direta: a iniciação e o ciclo da jornada do herói são baseados em uma origem da narrativa do mal, da qual a história do Minotauro é um paradigma. É interessante notar, no entanto, que diferentes expressões de gênero da narrativa do mal dão origem a diferentes vetores da expressões de gênero da ação protagonista. Em “A Bela Adormecida” (original: The Sleeping Beauty), por exemplo, Malévola, uma variante mulher/mãe da figura de tirano/monstro, dá origem a uma protagonista, a princesa Aurora, que nunca é a agente consciente das ações que toma. Por outro lado, em Mad Max: Estrada da Fúria (original: Mad Max: Fury Road), Furiosa dirige, literalmente, a ação narrativa, que é iniciada pelo paitirano, Immortan Joe. Embora seja claro que a jornada de Furiosa adere à uma expressão mais empoderada de ação do que no caso da Princesa Aurora, este artigo visa argumentar que nem a protagonista nem a origem implícita do mal na história que coloca a narrativa de cada personagem em movimento é suficiente para definir a jornada da heroína. Ao invés disso, a princesa dos contos de fadas e a herói de ação feminino exigem um novo modelo interpretativo para descrever seu relacionamento conflitante e, surpreendentemente, comum com a agência pessoal. Com base na metodologia de Vladimir Propp, este artigo apresenta uma estrutura alternativa para a compreensão dos atributos da jornada da heroína, que evita completamente o gesto essencialização que é necessariamente feita por postular uma expressão da tarefa do herói que seria específico à uma mulher protagonista. Portanto, apresentase o Multimito, uma estrutura interpretativa que 1) aplica o modelo de jornada do herói em “ A Bela Adormecida" e “Mad Max: Estrada da Fúria”, para definir, revelar e questionar o funcionamento da estrutura narrativa de cada filme, colocando em primeiro plano os personagens da Princesa Aurora e Furiosa, respectivamente; e então 2) usar as conclusões resumidas da aplicação do modelo de Campbell em cada texto para contra-interrogar o próprio modelo. Ao fazer isso, pretendo expor suposições, omissões e limitações do Monomito como uma narrativa heurística e, ao mesmo tempo, elucidar o Multimito como um modelo interpretativo que honra a concepção do tarefa do herói de Campbell e fornece novos métodos para aplicar a jornada do herói que resultará em uma compreensão mais rica e complexa da estrutura narrativa.

Palavras-chave : monomito; multimito; Campbell; Minotauro; Propp.

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